A forte chuva de sábado afastou parte do público previsto para o I Portuguesa BierFest, no clube da Associação Portuguesa de Brasília (APB). Mas quem insistiu, mesmo com o mau tempo, saiu satisfeito. Os organizadores pretendem fazer uma segunda edição em 2017.
Hewerton de Moura e Highlander Bittencourt comandaram o estande do I Love Beer – Tap House. “Eventos assim ajudam a divulgar as cervejas especiais, cujo mercado está em ascensão”, diz Bittencourt, que é garçom na casa famosa pelas 30 torneiras de chope, localizada na 110 Norte.
Já para Hewerton, gerente do I Love Beer, já era hora de Taguatinga ganhar um festival cervejeiro, uma forma também de atrair públicos de regiões próximas, como Águas Claras e Vicente Pires. “Esperamos que o Portuguesa BierFest continue a acontecer. Queremos que as pessoas descubram que aqui tem potencial para a realização desse tipo de evento”, frisa.
O estande trouxe os chopes Colorado Indica, Colorado Appia, Schornstein IPA e Lund Pilsen. Além disso, disponibilizou os rótulos da Brassaria Ampolis, que trazem o rosto do saudoso humorista Mussum: DiTriguis (Witbier), Biritis (Vienna Lager), Cacildis (Premium Lager) e Forévis (Session IPA).
Cerveja colaborativa
Fusca turbinado de boas cervejas, a Fusbier também marcou presença no Portuguesa BierFest. Nas torneiras, Astúria Weiss, Originale Red Ale, Corina Pêiu Êiu, Colombina IPA e Astúria IPA.
Os irmãos Pedro e Tiago Dantas, sócios do empreendimento juntamente com Daniela Marques, já anunciam para breve uma cerveja colaborativa com a JinBeer. “Estamos testando dois estilos: American Wheat e Belgian Blond Ale”, revela Pedro.
Pães de malte
E por falar em JinBeer, no estande da microcervejaria, comandada pelo mestre-cervejeiro Jean Stevens, estavam engatadas a Double IPA New England, Double IPA Five Hop, Saison Sorachi Ace e Imperial Stout.
O estande também disponibilizou growlers, abridores de garrafa personalizados da cervejaria e pães de malte preparados pela esposa de Jean, Rafaela Miolo. “A receita leva uma xícara e meia de bagaço de malte para cada sete xícaras de farinha de trigo”, divulga.
Angel Dust
Ao lado da JinBeer, os irmãos Eduardo e Arthur Veiga, estacionaram sua Don Ricardo Beer Bike para vender os chopes da Microcervejaria X. “Começamos o nosso negócio em setembro e, antes, vendíamos chopes de várias marcas. Atualmente, estamos apenas com a Micro X”, conta Eduardo.
Nas torneiras, Angel Tripel (Belgian Tripel), Blanche do Cerrado (Witbier), 61IPA (IPA) e, ainda, uma novidade: a Angel Dust, uma Belgian Double IPA feita em colaboração com a cervejaria Dogma. O Portuguesa BierFest foi o festival escolhido para o pré-lançamento do rótulo.
Cerpa
João Marcus, diretor comercial da Apollen distribuidora, estava à frente do estande da Cerpa. No local, além dos rótulos da cervejaria paraense, estavam disponíveis cervejas da catarinense Bierland, da paulista Berggren e da alemã Schneider.
Engenheiro agrônomo, Marcus conta que está na capital federal há 30 anos e pretende se tornar, em breve, sócio da APB. “Minhas filhas gêmeas que fizeram a Apollen”, relata.
Além de várias marcas de cervejas, a empresa também distribui marcas conhecidas de água mineral, como Prata e Caxambu.
Público satisfeito
No festival, o público gostou da variedade de estilos disponíveis no evento. O professor Paulo José, fã de Weissbier e IPA, compareceu ao lado dos amigos Sandro Pimentel, empresário e sócio da APB; Lione Viana, empresária; e Gleice Rocha, também empresária. “É possível perceber, nessas cervejas, a pureza o cuidado na fabricação”, observa Paulo. “A tendência é beber menos, mas melhor”.
Para Lione, as cervejas mainstream não são muito boas e levam a um consumo exagerado. “Já as especiais, costumo tomar umas duas, apenas, com o intuito de realmente degustá-las”, afirma.
Toca Raul!
Para animar a noite dos cervejeiros, Tika Seixas, acompanhado da banda Dentadura Postiça, cantou vários sucessos e também algumas raridades de Raul Seixas.
No palco, o cantor interpretou hits como Medo da Chuva, Metamorfose Ambulante, Gita e Maluco Beleza. “Optei, ainda, em mostrar canções que não são nem do lado ‘B’ de Raul, mas ‘D’”, brinca. É o caso de Coração Noturno e Segredo da Luz.