Um evento diferente de tudo o que você já viu. Assim pode ser definida, em poucas palavras, a 1ª Sessão Cinema e Cerveja, promovida e idealizada pelo produtor Euller Barros, do portal Cinema e Cerveja.
O Curral da Corina, no Setor de Oficinas Norte, recebeu, na última quarta-feira, cervejeiros, curiosos e amantes da Sétima Arte. Além de consumir chopes artesanais, os presentes puderam assistir a duas projeções: o curta-metragem Xavier, de Ricky Mastro, e o longa-metragem O Último Cine Drive-In, de Iberê Carvalho, rodado em Brasília. O cineasta, inclusive, fez questão de prestigiar o evento e, antes da exibição, fez uma breve explanação sobre seu filme.
Mas a programação foi ainda mais variada. O sommelier de cervejas Douglas M. Evangelista, conhecido, simplesmente, como DME, proferiu a palestra Cerveja artesanal: um estilo de vida. Logo após, houve um bate-papo com cervejeiros da capital, seguida da projeção dos filmes e shows de duas bandas autorais: Lista de Lily e Vintage Vantage.
Cervejas brasilienses
Todas as cervejarias brasilienses regularizadas marcaram presença. Nas torneiras estavam plugados chopes da Corina Cervejas Artesanais, Microcervejaria X, JinBeer Craft Brewery e Cervejaria Criolina.
Já a Ghesti Bier, da professora da UnB Grace Ghesti, disponibilizou, em garrafas, sua cerveja do estilo Lager. Quem desenvolveu a receita foi Lourenço Pinheiro, orientado de mestrado da docente, que estudou, inclusive, o processo de malteação de cevada cultivada na região rural do Distrito Federal.
A Lager da Ghesti Bier, segundo ele, foi resultado de vários testes. “Quis fazer uma cerveja que agradasse tanto o grande público, quanto o consumidor de IPAs”, explica.
Segundo ele, ao longo da produção são feitas seis adições de lúpulo, mas sem dry hopping. No paladar, o malte se sobressai, juntamente com notas cítricas e amargor agradável, condizente com o estilo. A cerveja, de 34 IBU e 5% de teor alcoólico, foi produzida na Ópera Beer, em Araraquara (SP).
Avaliação positiva
Pessoas que estiveram no galpão da Corina, consideraram bastante positiva a iniciativa de unir cinema e cerveja num mesmo espaço. “Muita gente acredita que eventos no meio da semana não dão certo, mas aqui foi quebrado um paradigma”, observa o proprietário e mestre-cervejeiro da JinBeer, Jean Stevens. “Eu mesmo não imaginava que fosse atrair tanta gente”.
A professora e cervejeira Clarice Melo, da confraria feminina Däs Könfrädessäs, por sua vez, acredita que a Sessão Cinema e Cerveja é uma boa oportunidade de reunir diferentes públicos. “Nem todos os que participam são do meio cervejeiro e, por isso, temos a chance de levar a cultura cervejeira para mais pessoas”, frisa.
Para Euller Barros, o resultado foi gratificante. “Conseguimos reunir, num só local, todas as cervejarias do DF regularizadas atualmente e comandadas por brasilienses”, comemora. “Também tivemos a presença do cineasta Iberê Carvalho, que engrandeceu o evento com sua participação e apresentação do seu filme, que é a cara de Brasília”.
Contudo, ele admite que nem tudo funcionou perfeitamente. “O áudio não estava 100%, devido à acústica do local. Porém, estamos realizando uma pesquisa de satisfação com o público, a fim de obter sugestões de melhorias. Com certeza, a próxima edição, no dia 22 de março, será ainda melhor!”, prevê.