A quarta edição do Mondial de la Bière encerrou neste domingo, 16, com sucesso de público. Quarenta e oito mil pessoas passaram pelos três armazéns do Pier Mauá durante os cinco dias de festival.
A organização comemora o crescimento de visitantes e de área, em relação aos anos anteriores. “O Mondial de la Bière entrou definitivamente para o calendário oficial do Rio de Janeiro e já estamos pensando em 2017”, diz Luana Cloper, gerente de negócios da Fagga – GL events Exhibitions.
Participação recorde
A edição de 2016 bateu o recorde de cervejarias participantes. Foram 135 expositores e mais de mil rótulos, nacionais e internacionais. Entre os destaques deste ano, as cervejas envelhecidas em barris. Essa prática, antiga e tradicional na Bélgica, virou moda nos Estados Unidos e agora está se tornando cada vez mais comum no Brasil.
As cervejas brasileiras envasadas em latas, que diminuem o risco de oxidação e aumentam o tempo de vida da bebida, também se destacaram. A nova embalagem também facilita o manuseio tanto para quem vende quanto para quem compra.
Aprovação popular
A estrutura do festival foi elogiada por quem passou pelo Pier Mauá. O baiano Valdson Pereira, 27 anos, que visitou o Mondial de la Bière pela primeira vez, afirma que não poderia ter programa melhor para um fim de semana de sol no Rio. “O melhor lugar para estar hoje é aqui. Tudo muito bom, bem organizado, as bebidas são ótimas, o atendimento em todos os estandes é nota 10, as novidades estão aprovadas. Com certeza, ano que vem estarei por aqui de novo”, comenta.
Este ano, a votação das melhores cervejas do Mondial pelo público será diferente. Os visitantes terão uma semana para escolher seus rótulos preferidos. O voto será online e o resultado revelado pelas redes sociais.
Já durante o evento, um júri de especialistas realizou degustação às cegas para escolher as melhores cervejas, no concurso MBeer Contest. Foram distribuídas 13 medalhas de ouro e uma de platina.
Master Class
Um dos melhores acontecimentos desta edição foi o Mondial de la Bière Cervejaria Bohemia Master Class, que aconteceu pela primeira vez no Rio de Janeiro.
Alguns dos melhores especialistas do mercado cervejeiro revelaram suas experiências e compartilharam conhecimentos. O canadense Alex Ganivet-Boileau (mestre-cervejeiro), que também foi jurado do MBeer Contest, falou sobre Técnicas de envelhecimento em barris e Como ser único no mercado.
Já o americano Neill Acer (mestre-cervejeiro e jurado do MBeer Contest) abordou os temas Além da preparação tradicional de cerveja e Treinamento sensorial cervejeiro. Marcelo Carneiro (fundador da cervejaria Colorado) comentou sobre a Escola Brasileira de Cerveja e Quando teremos estilos brasileiros no BJCP (Beer Judge Certification Program).
Ao final das palestras, as turmas reuniram-se para um debate mediado pela mestre-cervejeira Cilene Saorin. Em seguida, confraternizaram em um almoço harmonizado e, ainda, num happy hour com degustação comandada por Beatriz Ruiz, sommelière e mestre em estilos de cerveja pelo Instituto da Cerveja Brasil.
Tradição e encontro
O prefeito da cidade, Eduardo Paes, marcou presença no festival e conheceu as tendências do setor. Ele visitou estandes, conversou com expositores, experimentou algumas doses de cervejas e posou para fotos. Segundo o prefeito, o evento já se tornou uma tradição no Rio de Janeiro. “O fato do festival acontecer no Pier Mauá, agora revitalizado, valoriza o que o Rio tem de melhor: a criatividade, o encontro de pessoas e a boa cerveja”, avalia.
Joãozito e a Parceria, Os Druidas, The Highjack e AC/DCover foram as bandas do último dia.
O evento do próximo ano já está confirmado, com garantia de novidades na programação.